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O primo Cristóvão redarguiu, magoado na sua esperteza, que era tão certo estar elrei em Calvos como era certo ter-me beijado a régia mão em casa do abade, na noite sempre memorável de 16 de Abril de 1845. Que só o tinha visto de relance em Braga em 32, mas que o conhecera pelo retrato; que até manquejava um pouco, tal e qual, como se sabe, depois que Sua Majestade quebrou a perna em 28. Que el-rei nomeara o abade de Calvos seu capelão-mor, que dera a mitra de Coimbra ao abade de Priscos, e fizera chantre o padre Manuel das Agras, e a ele lhe fizera a mercê de duas comendas e o título de barão de Bouro, afora outras graças a diversos clérigos e leigos.

— Que te parece isto? — perguntou o morgado ao frade.

— Parece-me a notória estupidez do primo Bezerra e mais dos padres; mas, se o homem que lá está é o D. Miguel, então o estúpido é ele, e que me perdoe Sua Majestade fidelíssima...

Escreveu-se novamente ao Póvoas, ao Tavares de Fagilde e ao Pontes, um colaborador da