Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/76

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de ponteira de verniz e chapéus desabados de seda preta com borlas e plumas. Sua mãe tinha sido açafata da apostólica D. Carlota Joaquina, fizera-se mulher do Ramalhão, e gabava-se de ter sido amada do conde de Vila Flor. Quando entrou no vasto e velho casarão de Quadros, teve histerismos formidáveis e acordava os ecos das montanhas com gritos que punham terrores sobrenaturais na vizinhança. O Cerveira Leite poderia viver abundantemente na corte, porque os seus rendimentos e foros eram muito importantes: é o que D. Honorata lhe pedia com lágrimas; mas ele, colérico: — que não podia encarar os malhados, e não sairia mais de casa sem as suas divisas de tenente-coronel de dragões. E, apontando-lhe para os cinco filhos:

— Sê boa mãe, trata dessas crianças que andam aí porcas que fazem nojo! — Tinha estas equidades em jejum.

E ela:

— Mais nojo me fazem as borracheiras de você!

E o fidalgo então disciplinava-a militarmente.