Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/80

Wikisource, a biblioteca livre

— Aí vens tu com as tuas alicantinas — retrucava, prognóstica e solene, a tia Rosa de Carude. — É o que tu estudas, meu valdevinos. Agora é melhor que então, pois não foste? As fidalgas de hoje em dia presentemente fogem com os doutores e deixam os filhos... Isto agora é que é bom às direitas, pois não é? No tempo antigo, valha-me Deus, as fidalgas eram umas desavergonhadas que conheciam frades e criavam os seus filhos.

— Os filhos dos frades? — perguntava o Dias.

— Cala-te aí, boca danada! Olha que padre havia de sair de ti! Ainda bem que a Marta de Prazins te fez mudar de rumo.

A fuga da Honorata Guião com o Silveira dos Pombais não amotinara a opinião pública escandalizada. A excepção da austera Rosa de Carude. toda a gente deu razão à fidalga. O Cerveira tinha amigas da ralé, que metia em casa — uma diversão à embriaguez, quando não exercia as duas distracções numa promiscuidade