Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/82

Wikisource, a biblioteca livre

e, cruzando os braços, rugiam cavernosamente: E depois, os arrepios de uma casquinada seca, de um estridente grasnido de gaivotas que se espicaçam por sobre o mar banzeiro.

A Honorata, esposa deplorativa, dama da rainha, esbeltamente magra, de uma elegância de raça afinada nos salões da Bemposta, palidez ebúrnea, esmaecida, airs évaporés, um sorriso nobre de ironia rebelde à desgraça, com a dupla poesia do martírio e da beleza, ultrapassou a encarnação viva dos ideais do bacharel. Ela tinha pejo de lhe contar os seus infortúnios, a vida crapulosa do marido, a libertinagem de portas adentro com as jornaleiras, e o abandono da educação dos filhos. Andresa é que contava tudo ao mano Adolfo na presença da mártir. Que o Cerveira se embriagava todas as tardes e tinha amásias da última gentalha que punham e dispunham em casa. Que os meninos eram criados brutamente; que o mais velho, o Heitor, nem ler sabia; porque o pai também fazia mal o seu nome. Que tiveram um padre de dentro para os ensinar, mas que o padre,