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Página:A Carne.djvu/171

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quadris, sapateava em um frenesi indescritível, com uma tal prodigalidade de movimentos, com um tal desperdício de ação nervosa e muscular, que teria estafado um homem branco em menos de cinco minutos.

E cantava:

Serena pomba, serena;

Não cansa de serená!

O sereno desta pomba

Lumeia que nem meta!

Eh! Pomba! eh!

E a turba repetia em coro:

Eh! Pomba! eh!

A voz do cantor, fresca modulada de um timbre sombrio, coberto, tinha uma doçura infinita, um encanto inexprimível.

Fechando-se os olhos, não se podia