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a carne
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quem me mata, Lenita, dizia o coronel, repetindo pedaço sobre pedaço. Ha que annos que me não encontro com porco do matto! Essa cabeça está divina; como ella... só o lombo!

Lenita tambem gostou, comeu muito.

Logo depois do café, ella, Barbosa e a mucama seguiram para a ceva.

Muito embora seja quente o dia na matta ha sempre frescor. A luz não é crua, mordente, como em uma campina rasa; esbate-se, quebra-se, dá aos contornos dos objetos um avelludado molle, uma languidez suavissima. Os sons se abrandam, tomam um como timbre murmuroso. Na matta domina a todas as horas o que quer que é de vago mysterio.

Lenita, nessa athmosphera balsamica, sadia, achava-se feliz. Ao bem estar gososo, indefinivel, que gera a boa diges-