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cheirou-o, hauriu-lhe o bouquet, bebeu-o como fino entendedor, aos golinhos, dando estalos com a língua.

Puxou uma gaveta, e dela tirou uma caixinha oblonga de charão: abriu-a. Havia dentro uma seringuinha de vidro, uma cápsula de porcelana, um escarificador de dez lâminas e um pequeno pote, esquisito, bojudo, de barro preto, arrolhado cuidadosamente com um batoque de madeira. Uma etiqueta em letras vermelhas sobre fundo amarelo denunciava-lhe o conteúdo.

Barbosa dispôs tudo isso sobre o mármore do criado.

Tomou o escarificador, fê-lo funcionar. Nove das lâminas tinham sido quebradas de adrede: uma só estava intacta, e essa cortava como uma navalha.

Barbosa largou o escarificador, pegou no potinho, fez cair dele, na cápsula, uns