ardor, mas também com muita paciência, com muito jeito. O aço mordia, esmoía o barro friável quase sem ruído. Um rastilho de pó amarelado maculava o vestido preto da moça.
Deslocou-se o torrão, e caiu para dentro, dando um som surdo ao tombar no chão fofo, de terra mal batida.
Estava feito o buraco.
Lenita retraiu-se, ficou imóvel, sustendo a respiração.
Após instantes estendeu o pescoço, espiou. Nada pôde ver: estava muito escuro dentro. Ouvia-se um ressonar alto, igual.
Passou-se um longo trato de tempo.
O brilho das estrelas empalideceu. Uma faixa de luz branca desenhou-se ao nascente, ruborizou-se, purpurejou inflamada com reflexos cor de ouro. O ar tornou-se mais fino, mais sutil e a