Página:A Estrella do Sul.pdf/139

Wikisource, a biblioteca livre
A ESTRELLA DO SUL

133


leve o demonio Annibal Pantalacci e quejandos, e cada um por si mesmo no paiz do Griqualand!

Assim calculava John Watkins, tenteando aquella balança ideal, na qual acabava de fazer equilibrio do futuro da filha com um simples pedaço de carbonio crystallisado, e ficou todo contente ao pensar que os pratos estavam na mesma linha horisontal.

De modo que na manhã seguinte estava tomada a seguinte resolução: não apressar cousa alguma, deixar correr os acontecimentos, prevendo bem o caminho que ellas tomariam para chegar ao desenlance.

E antes de mais nada convinha-lhe tornar a ver o seu inquilino, — o que era facil, visto que o joven engenheiro vinha todos os dias à granja; — mas queria tambem tornar a ver o diamante que nos seus sonhos tomára proporções fabulosas.

Por conseguinte mister Watkins dirigiu-se á cabana de Cypriano, o qual attendendo a que era bastante cedo, ainda estava em casa.

— Olá, meu amigo, disse-lhe elle com tom de bom humor, como passou a noite... esta primeira noite depois da sua grande descoberta ?

— Bem, muito obrigado, senhor Watkins, respondeu o joven com frieza.

— O què? Pois o senhor pôde dormir?

— Como nas mais noites!

— - Então todos esses milhões que saíram d'aquelle fornilho, insistiu mister Watkins, não lhe perturbaram o somno.

— Por fórma nenhuma, respondeu Cypriano. Comprehenda bem isto, senhor Watkins: para aquelle diamante valer milhões era preciso que fosse obra da natureza e não de um chimico!...

— Sim! sim! senhor Cypriano. Mas tem o senhor a cer-