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VIAGENS MARAVILHOSAS

riria um copo de lacryma-christi áquella insulsa tisana dos bejuanas.

Depois conversou-se sobre negocios. Lopépe tinha grande vontade de comprar uma espingarda. Mas não se lhe pôde dar esse gosto, apesar de elle offerecer em troca um cavallo soffrivel e cento e cincoenta libras de marfim. Effectivamente os regulamentos coloniaes são muitos rigorosos n'este ponto e prohibem aos europeus ceder qualquer arma aos cafres da fronteira, salvo com auctorisação especial do governador. Mas os tres hospedes de Lopépe, para o consolar, tinham-lhe trazido uma camisa de flanella, uma corrente de aço e uma garrafa de rhum, o que formava um presente esplendido, que lhe causou manifesta satisfação.

E por isso o chefe bejuana mostrou-se disposto a fornecer todas as indicações que lhe foram pedidas mais intelligivelmente por intermedio de James Hilton.

Em primeiro logar tinha passado cinco dias antes pelo kraa, um viajante exactamente com os signaes de Matakit. Era a primeira vez, havia duas semanas, que a expedição tinha noticias do fugitivo, e por esse motivo foram recebidas com agrado. O joven cafre teve de perder alguns dias a procurar o vau do Limpopo, e presentemente dirigia-se para as montanhas do norte.

Havia ainda muitos dias de marcha antes de chegar a essas montanhas?

Sete ou oito quando muito.

Lopépe era amigo do rei d'esse paiz, em que Cypriano e os seus companheiros íam ver-se obrigados a penetrar?

Lopépe tinha n'isso muito honra! Pois quem não havia de querer ser amigo respeitoso e fiel alliado do grande Tonaia do conquistador invencivel dos paizes cafres!?

Tonaia recebia bem os brancos?