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VIAGENS MARAVILHOSAS

Effectivamente o caçador não perdia tempo, e estava já em conferencia com Tonaia.

— Falla com franqueza!... O que queres em troca do teu prisioneiro? perguntou elle ao rei preto.

Este reflectiu um instante e acabou por dizer:

— Quero quatro espingardas, dez vezes dez cartuchos para cada uma, e quatro saquinhos de contas. Não é muito, pois não é verdade?

— É vinte vezes de mais, mas Pharamundo Barthés é teu amigo, e fará tudo quanto podér para te ser agradavel!

E depois de ter a seu turno reflectido um instante, continuou;

— Ouve, Tonaia. Terás as quatro espingardas, os quatrocentos cartuchos e os quatro saquinhos de contas. Mas em compensação has de fornecer-nos as juntas de bois necessarias para levar esta gente toda até ao Transvaal com viveres precisos e uma escolta de honra.

— Está feito o negocio! respondeu Tonaia com tom de completa satisfação.

E logo, inclinando-se sobre um dos ouvidos de Pharamundo, acrescentou com voz confidencial:

— Os bois estão promptos!... São os d'essa gente, que os meus homens encontraram, quando se dirigiam para o curral, e que trouxeram ao meu kraal!... Era presa legitima, não é verdade?

Soltaram então o prisioneiro. Cypriano, Pharamundo Barthés e Matakit, depois de lançarem um ultimo olhar aos esplendores da gruta, deixaram-se vendar com docilidade, e voltaram ao palacio de Tonaia, onde a conclusão do tratado foi celebrado com um grande festim.

Finalmente convencionou-se que Matakit não appareceria logo no Vandergaat-Kopje, mas que ficaria nos arredores, e só vol-