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A Guerra de Canudos
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Os tres coveiros que com tanto afan rasgavam o solo pedregoso e duro, eram o vago-mestre do 12°, Tancredo Vieira da Cunha, um soldado de engenharia e o narrador. O corpa que devia occupar a sepultura, estava ao lado e pertencia ao alferes Severino Padilha, fulminado ao lado do tenente coronel Sucupira.

Uma vez prompta a cóva, os tres homens silenciosamente ergueram o cadáver do desventurado official e ali o collocaram para sempre.. A terra revolvida cahiu em seu logar primitivo. O vago-mestre foi ao tapume e rapidamente preparou fragil cruz, e a plantou á cabeceira do extincto. Os tres homens separaram-se. O acaso os reunira juncto áquelle corpo inanimado e o dever de humanidade os impellira á practica da funebre ceremonia. E, como essa muitas scenas passávam-se n'aquellas redondezas, no decorrer da noite.

Antes, a tardinha e um pouco distante, a beira da estrada, exibiase outro espectaculo, não menos commovedor. Um grupo, formado de officiaes e praças amparava, procurando reanimal-o, o illustre e valente commandante Sucupira, que sentia fugir-lhe a vida rapidamente.

O intemerato chefe morreria, pois o ferimento era irremediavel. Cadavérica pallidez embaciava-lhe as feições energicas, amortecido