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A Guerra de Canudos

foi ás trincheiras, dar expansão ao prurido bellicoso que o dominava e atirava tambem com o canhão; ao fecharem a culatra houve um descuido, o que determinou, ao detonarem a espoleta, tremenda explosão, communicada á um barril de cartuchos proximo.

O infeliz medico foi arrojado ao ar, morrendo instantaneamente e seu corpo ficou transformado n'um monte informe de carnes! Horas depois, victima do mesmo desastre, falleciam o 2° tenente Odilon Coriolano de Azevedo e um soldado d'artilharia. Ficaram tambem muito queimados o alferes José A. do Amaral e tres artilheiros.



A' 30 de Junho, ás 9 horas da manhã, as linhas da esquerda tiroteiavam com intermitfencias e o bombardeio com espaços ouvia-se, poupandose munições, como era necessário. A's 11 horas, grande alarme occorreu na direita onde acampavam o 25°, 15°, 12° e 31°; seguiu-se forte fuzilaria e o sibilar de centenas de balas, cortava o acampamento.

Este era atacado pelos fanaticos, justamente do lado do hospital. O inimigo surgiu bruscamente, emergindo d'entre as catingas e, de linha estendida, avançava com impeto, parecendo querer investir sobre os « tiro rapido ».