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A Guerra de Canudos

frente e na esquerda da artilharia, tiroteiando e avançando impavido.

Junto áquelle grupo avançava outro, não armado, porém munido de alavancas, marretas etc, e que foi direito ás trincheiras, para assaltal-as e arrastar os canhões ou quebralos! A audácia e insensatez d'aquella gente, não conhecia limites. Um jagunço, mestiço reforçado e de medonha catadura, ergueu uma alavanca e a descarregou brutalmente no canhão da esquerda, produzindo um tinido vibrante.

O 31°, n'esse dia de guarnição á artilharia, rapido formou e á bala e a baioneta carregou sobre os temerarios assaltantes, que fugiram em tropel; quanto aos do grupo que assaltou o canhão, nem um escapou: eram 14 e todos ali morreram, tentando rezistir; o ultimo, com 4 balazios no corpo, foi cahir na beira da estrada sobre os cadaveres dos soldados do 7°, desde 28 de Junho ali estirados.

A guarnição do canhão atacado auxiliou a repellir o inimigo. Era commandada pelo bravo e calmo 1° tenente Alfredo T. Severo, auxiliado pelo alferes O. Vargas Neves. N'aquelle interim, foi ferido o capitão Henrique da Silva Pereira, commandante do 5° regimento.

N'aquelle rapido e extraordinario combate, a artilharia teve apenas um homem ferido e o 31° um morto e tres feridos. Os jagunços, além