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A Guerra de Canudos

o reforço, ainda do 27.° e em seguida o restante do batalhão, em cuja cauda seguia o canhão sob o commando do bravo 2.° tenente Francisco Escobar d'Araujo. A ordem era avançar sem dar um tiro e tomar de assalto as pozicões.

A força marchou com toda cautella. Pouco depois, foi dado o toque de carga, já próximo ao inimigo, que, em numero de 40 homens, rompeu bravamente o fogo. A força não respondeu, mas avançou á passo de carga.

O inimigo resistiu até que a força approximou-se 50 metros da posição, que afinal foi por elle abandonada e occupada pelos nossos. O terreno percorrido pelos atacantes, até attingir o ponto inimigo, era dobrado, mas nú de qualquer vegetação e abrigo, pondo-os assim, á descoberto. Porém, á noite, o numero dos jagunços e, sobretudo o descuido em que estavam, constituiram circumstancias muito favoraveis ao exito do assalto.

Sem ser dado um tiro, em poucos instantes a famoza pozição era occupada, só com o sacrifício de 5 praças fóra de combate e algumas contuzas. Pouco depois, partido da Fazenda-Velha foi ouvido um tiro de canhão. O resto da noite foi empregado no afanoso serviço de construcção de trincheiras, o que prolongou-se ao dia immediato.