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A Guerra de Canudos
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inimigo. A ordem era — carregar sem dar um tiro; os commandantes das forças atacantes procuraram fazel-a cumprir, o que não foi possivel, devido á circumstancias imprevistas, como em pouco mostraremos.

A 6ª brigada ( 4°, 29° e 39° ) tendo a frente o seu imperterrito commandante, o coronel João C. Sampaio, carregou resolutamente sobre o grosso da casaria do inimigo, irrompendo da base do morro da “Fazenda-Velha”, e fundo da igreja-velha. Seu valorozo commandante, expondo com temeridade a vida, enveredou para o macisso central do povoado em demanda da igreja, da qual pretendia apoderar-se, seguido dos seus batalhões, n'um movimento bello e arrojado, provocando francos applausos do pessoal dos demais corpos aguerridos e acostumados ás vicissitudes da prolongada lucta.

Simultaneamente, a 3ª brigada (5°, 7°, 25° e 35° ) seguindo seu experimentado commandante, o tenente-coronel Dantas Barreto por um grande claro aberto durante a noite nas trincheiras próximo ao 38°, atacou com toda impavidez e impetuosidade da esquerda para direita, tendo também como objectivo a pósse da igreja, passando pela latada e denso ajuntamento de casas entrincheiradas até o templo.