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A Guerra de Canudos

noite cahiu, cobrindo aquelle quadro pavoroso e lugubre. A final, a artilharia de todo calou, por não ter para mais onde atirar!

Poucos atiradores então existiam da parte do inimigo: esses combatiam com dobrada furia e selvagem energia. As emanações putridas augmentavam de intensidade e era quasi impossivel o resistir-se áquelle horrivel ambiente, cauzando-nos tonturas e cephalalgias. Mais um dia de combate e bem poucos áquillo rezistiriam.

Chegou á sua maxima tensão o esforço despendido pelos raros jagunços sobreviventes da insana resistencia, que desde 25 de Setembro trazia em permanente combater as forças em operações. Dos milhares de fanaticos encurralados em Canudos, a maior parte parecêra nos bombardeios, tiroteios e no incendio.

Outra parte, não pequena, constituira-se prisioneira acossada pela fôme e pela sêde. Bem poucos ainda persistiam no proseguimento d'uma lucta, cujos resultados ali estavam bem patentes, na ostentação de destroços de todo genero.

A encarniçada lucta ia ter, pois, d'entre em pouco o seu desfecho e cessaria de uma vez a animação que desde 25 de Junho perturbava a quietude do sertão, outr'ora apenas quebrada.