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A Guerra de Canudos

O valente chefe, em tom picaresco dizia dever se evitar que o seu collega, o coronel Flôres, penetrasse em Canudos em primeiro lugar. Talvez que as tentativas de ambos os commandantes, destacados em pontos tão diversos, obedecessem á rivalidade entre elles existente.

Está fora de duvida, que si o coronel Telles não tivesse obedecido ás ordens energicas e terminantes do general Savaget á respeito; o dicto coronel, com a resolução e teimosia que o caracterisavam, teria posto em pratica o seu pensamento, e, antes de avistar Canudos, em Cocoróbó, a 4ª brigada seria totalmente aniquilada.

De 31 de Maio á 2 de Junho, houve certa animação entre os corpos da 1ª columna, pois, o general em chefe expediu ordens para marchar a 2ª brigada, o que não effectuou, devido a não ter ainda deixado Queimados o 15° batalhão. O general Arthur Oscar, sendo informado no dia 2, de que a 3ª brigada estava em Massacará, na eminencia d'uma aggressão do inimigo, ordenou que os batalhões 16° e 27° fossem de Monte-Santo para Cumbe, onde estava a 1ª e para Caldeirão-Grande. O general, por sua vez partio, afim de tomar importantes providencias sobre o caso, regressando no dia 5 a Monte-Santo.