de uma noite sem estrellas, e Narizinho parou, cheia de medo. O peixinho sorriu e disse:
— Os filhos dos homens só enxergam quando ha luz, mas os filhos das aguas são como as corujas: — tanto vêem no claro como no escuro. E puxou do bolso um vagalume de olhos accesos, pendurado num cabinho de arame. A caverna clareou á luz da lanterna viva, e Narizinho poude ver que se achava n'um corredor comprido, especie de tunnel, com uma porta ao fundo, fechada. Encostado nessa porta estava um sapo rajado, de espada á cintura, capacete na cabeça e lança na mão. Era o guarda do palacio. Mas dormia a somno solto, num regalo!
— É isto! exclamou o principe, furioso. Pago a mestre "Agarra - e - Não - Larga - Mais" cincoenta moscas por dia para me tomar conta desta porta e assim que sáio o ladrão ferra-me no somno! Mas desta vez me paga! disse preparando-se para acordal-o a ponta-pés.
— Não! Não! interviu Narizinho. Vamos antes pregar-lhe uma boa peça. Tiramos as armas desse dorminhoco e vestimol-o com a roupa da Emilia. Imagine o espanto delle quando acordar!
Escamado achou optima a idéa e, pulando os dois de contentes, puze-