— Que novidades ha no reino?
— Poucas, Magestade. Houve um crime na Tóca Preta. A rá verdolenga embriagou-se, e entrando em casa d'uma familia de baratas matou a barata-mãe, feriu gravemente a barata-pae e comeu todas as baratinhas-filhas.
— Mande enforcar a criminosa num galho do espinheiro grande. Que mais?
— Corre noticia de que o Escorpião Negro anda a rondar o reino, lá dos lados da Pedra Branca.
— Má nova! exclamou o principe, franzindo a testa. O Escorpião é o nosso peior inimigo. Precisamos reforçar as muralhas da fronteira. Que mais?
— Foram encontrados sem sentidos dois bagres amarellos, a boiar na lagoa pequena. Recolhi-os á enfermaria e lá estão sob cuidados do doutor Caramujo, que receitou purgante e suadouro.
— É isso mesmo. Que mais?
— Saberá Vossa Magestade que é só.
— Perfeitamente, disse o principe. Faz-se mister agora que o reino saiba da presença, entre nós, desta linda princeza de olhos negros, afim de que o povo e a nobreza lhe prestem todas as homenagens. Quero uma grande