Página:A Menina do Narizinho Arrebitado (1920).pdf/18

Wikisource, a biblioteca livre

14
 
A MENINA DO


festa como nunca houve igual. Avise a côrte e dê as ordens necessarias, mas antes de nada, mande vir o coche real. O capitão saudou militarmente e sahiu acompanhado dos guardas.

Não demorou muito e uma carruagem appareceu á porta, puxada por tres parelhas de lambarys.

Servia de cocheiro um bello camarão de libré vermelha, muito leso no alto da boléa. Mal o principe e a menina entraram na carruagem, mestre Camarão estalou o chicote e os lambarys partiram como raios.


A ENFERMARIA


EMQUANTO a carruagem corria pelo fundo do ribeirão, ia Narizinho admirando, atravez das vidraças, os bellos panoramas, as avenidas de areia branca, as pedras redondas e os peixes que paravam respeitosamente para vel-os passar. Em certo ponto a carruagem mudou de rumo, tomou por uma tóca e foi parar ás portas do hospital. Era uma grande sala, cheia de camas e mesinhas com vidros de remedio. Estava lá o doutor Caramujo, famoso sabio do reino, e mais algumas baratas enfermeiras, vestidas de irmás de caridade. O principe chamou o medico e pediu noticias