por uma as cincoenta pedrinhas do castigo. Quando saiu a ultima, mestre Agarra deu um grande suspiro de allivio. Reunidas as pedras e feita lá dentro uma limpeza, o medico tratou de costurar o córte. Para isso uniu as beiradas da "casa" e mandou que as formigas ferrassem alli o ferrão, de modo que cada ferrotoada era um ponto. E assim deu trez pontos, ficando trez formigas agarradas á barriga do sapo. Depois o medico tomou uma tesoura e foi guilhotinando as formigas, de geito que só ficassem na pelle do sapo as cabeças das coitadas.
Mestre Agarra agradeceu ao doutor o serviço e, afim de não perder tempo, foi chamando para o papo os corpos das tres formigas degoladas que esperneavam no chão. Era um grande pandego, este mestre Agarra!
Terminada aquella curiosa operação, Narizinho continuou o seu passeio com Dona Aranha, recolhendo-se mais tarde muito satisfeita comsigo por ter salvado a vida de uma pobre creatura de Deos, condemnada a um supplicio doloroso pelo simples facto de ser dorminhoco.
— Amiga aranha, disse ella, o principe perdoou ao pobre sapo. Perdoas tambem?
— Nunca! respondeu a aranha. Não posso esquecer dos meus filhos...