Página:A Morte da Águia (1910).pdf/28

Wikisource, a biblioteca livre


Que heroísmos, que assombros
Levantam a nossa alma delirante,
Ao vêr que degladias o Infinito
E vem o Céu poisar-te sobre os hombros!

Ás vezes ilumina-se o teu dôrso
No gesto transcendente da verdade,
Gesto que ensina a religião do esfôrço
E aponta para um Céu de Liberdade!

Herois! unji as almas de beleza
E erguei dali na luz e na grandeza
Destroços feitos por um deus cruel:
Os broqueis dos ciclopes revoltados,
Armas partidas d'anjos despenhados
E as ruinas da torre de Babel!