do sangue da terra. E' exuberante na producção da baga vermelha, mas insaciável de húmus..
Polvo com milhões de tentaculos, o Café sobre a matta e a sovérte.
Nada o sacia.
Já comeu as zonas uberrimas de Ribeirão Preto, Jahú, São Manuel, Araraquara, os pedaços de ouro de São Paulo, e agora afunda os dentes na carne virgem, tresuante de seiva, do Paraná e de Matto Grosso.
Nada lhe detem a offensiva irresistivel.
Não a paralysam geadas monstruosas como a de 1918; nem a inepcia dos governos — que chegou a barrar-lhe o caminho com a cerquinha de taquára de uma prohibição de plantio; nem as taxas e sobretaxas excessivas; nem os impostos de saída; nem a jogatina de Santos; nem a mentalidade altista do fazendeiro.
Caminha sempre.
Tank monstruoso, vivo mas inconsciente, cégo mas instinctivo, lá róla hoje, rumo noroéste, para deante, sempre para deante...