zelas, como um insulto e uma afronta aos que estavam sãos, entre os enfermeiros do hospital, de calça de zuarte azul e dolman pardo, nedios e sadios. Eu vinha precisamente pensando como gosam saude os enfermeiros, e aquellas phrases maçonicas fizeram-me mal. Parei, consultei o relogio. Os quatro tipos não se ralavam mais com a minha presença. Dous olhavam com avidez os bondes que vinham da rua do Passeio; dous estavam totalmente voltados para o lado da Faculdade. Ao aparecer um bond, um magrinho bradou:
— Largo!
Prestei atenção. Do «tramway» em movinto saltou um cavalheiro defronte do Necroterio.
— De cima! bradou outro typo.
— Ultima! regougou o terceiro.
E cercaram o cavalheiro.
— V. S. ha de aceitar um cartãosinho da nossa casa. Não precisa de se incomodar. Tratamos de tudo! Faça negocio comigo!
A um tempo fallavam todos, e o cavalheiro, coberto de luto, com o lenço empapado de suor e de lagrimas, murmurava, como si estivesse a receber pezames:
— Muito obrigado! Muito obrigado!
Aproximei-me de um dos funcionarios do serviço mortuario.
— Que especie de gente é essa?
— Oh! não conhece? são os urubús!
— Urubús?
— Sim, os corvos... É o nome pelo qual são conhecidos aqui os agenciadores de coroas e fazen-