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Página:A bandeira nacional (Eduardo Prado).pdf/8

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Introducção
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losophica, e uma carta posterior, datada de 21 de Frederico de 101 [1].

O sr. Raymundo Teixeira Mendes [2] pretende, segundo diz, patentear as eminentes qualidades moraes e politicas do pavilhão republicano do Brasil. «Esse pavilhão — diz o sr. Teixeira Mendes — coincide essencialmente com uma patriótica inspiração do denodado chefe do governo actual» e «da força publica de terra e mar, única parte da nação em que o culto fetichico [3] da bandeira foi systematicamente mantido».

Um simples exame da bandeira e uma leitura da Apreciação Philosophica mostraram-nos que, no plano da bandeira applaudido pelo sr. Teixeira Mendes, houve certamente:

1.º Desprezo, ou ignorancia da tradição histórica.


  1. Annexo n. 3.
  2. O sr. Teixeira Mendes tem a gentileza de, ao subscrever os seus artigos, informar o publico de que mora ao n. 10 da rua de Santa Izabel e de que nasceu no Maranhão (Caxias), em 5 de janeiro de 1855.
  3. O fetichismo é a adoração de um objecto qualquer considerado Deus, exercendo as funcções e revestido do poder de um Deus. É preciso não confundil-o com a idolatria, que é a adoração de uma imagem, ou de um objecto, considerado como a representação, ou a morada occasional, ou habitual, de uma divindade, independente do objecto. A bandeira do Brasil nunca foi considerada Deus. Póde, até certo ponto, dizer-se que era idolatrada pelos patriotas, como a representação da Patria. Esta distincção entre fetichismo e idolatria é elementar. É de extranhar a confusão feita pelo sr. Teixeira Mendes.