dessa campanha excepcional, de modo tão honrosò para a republica quanto glorioso para o exercito nacional, que, através de tantos sacrifícios, acaba de escrever mais uma pagina brilhante para a nossa Historia. Parabéns a v. ex ., a quem saúdo cordialmente.— Prudente de Moraes. »
No dia 6, entretanto, se tinha dado começo ao arrasamento da povoação. Pozeram, ainda, fogo ao resto qne della existia. A preoccupação dos generaes era não deixar uma parede em meio, uma viga sequer intacta. Quiseram que ali se plantassem a solidão e a morte !
Cumpria, comtudo, verificar o destino de Antonio Conselheiro. Dos seus mais destemidos prepostos tinham morrido João Abbade, Joaquim Maeambira, e Pajeú ; Villa-nota — em tempo — havia fugido.
Depois de algumas excavações no quarto do sanctuario, que era o logar ultimamente habitado pelo Conselheiro, descobriram-lhe a sepultura, de onde foi retirado o seu cadaver, afim de se lhe reconhecer a identidade. Este trabalho foi presenciado pelos generaes Arthur Oscar, Barbosa, e Carlos Eugenio, bem como pelos drs. majores José de Miranda Curio e A. Mourão; Depuzeram, como testemunhas, alguns jagunços. Concluído e auto, relativo a essa diligencia, o corpo do Conselheiro foi de novo encerrado na cova.
Na opinião dos dous médicos indicados, a morte do celebre fanatico tinha occorrido ha 12 dias, mais ou menos, passados.
Então, houve quem se lembrasse de fazer contar quer as casas do arraial, embora já destruídas, quer os cadaveres de jagunços combatentes, que estavam ainda insepultos. Das primeiras acharam-se — 5.200, dos últimos — 647.
A proclamação, que foi publicada com a ordem do diã n. 145, vae abaixo copiada:
« Quartel general do commando em chefe, acampamento de Canudos, 6 de outubro de 1897 — Viva a republica dos Estados Unidos do Brazil ! Esta terminada a campanha de Canudos. Desde hontém que os batalhões das forças expedicionarias passeiam suas bandeiras sobre as ruinas da cidadella, com a consciencia de bem haverem cumprido o seu dever.
