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a campanha de canudos
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A’s 7 ½ da manhã, sendo mandado tocar 5° corpo de policia da Bahia, avançar, este tomou a posição, que lhe foi indicada à retaguarda da egreja nova, e reforçado depois com o 1° do Estado do Pará, firmaram esta posição, tendo sido ás 11 horas collocada a bandeira da republica nas ruinas da mencionada egreja, tocando as bandas de musica o hymno nacional, seguidas pela marcha de continencia das cornetas, tambores e clarins, e saudada pelo estampido dos canhões e gritos de enthusiasmo que acompanhavam as cargas á baioneta, e de calorosos vivas á republica.

Eis resumidamente o que foi o assalto effectuado a 1 do corrente á cidadella de Canudos, e que trouxe ao inimigo o seu completo anniquilamento. Desde então, a fome e a sêde haviam de reduzil-o a render-se ou morrer.

E’ impossivel descrever a intensidade dos fogos inimigos e o cruzamento de balas que soffriam as nossas forças, que os lam desalojando, ora á bala, ora com brilhantes cargas á baioneta.

Como sempre, nesta campanha os nossos bravos soldados foram sublimes de valor e enthusiasmo. Avançava uma força numerosa e, em pequeno espaço de tempo, diminnia de metade, mas não recuava. Tambem, como era natural, a raiva tocava o seu auge, e tanto o inimigo como os nossos esqueciam-se da misericordia.

Fuzilavam-se a dous passos de distancia ou matavam-se á baioneta, a machado, a faca, por todas as fórmas, emquanto que as casas conquistadas, verdadeiros reductos, eram devas­tadas pelo incendio.

Ao meio dia, definidas as nossas conquistas, ahi collocaramse as nossas forças, entrincholrando-se. Estava terminado o combate, restando ao inimigo poucas oasas e fôjos.

Os generaes João da Silva Barbosa, commandante da 1ª columna, e Carlos Eugênio de Andrade Guimarães, commandante da 2ª columna, collocados, esto na bateria « Sete de Satembro » , e aquelle na 4ª bateria, attendiam ás peripecias da luta, providenciando acertadamente. E, apezar dos laços de parentesco que me prendem ao general Carlos Eugenio, devo