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a campanha de canudos
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0 juiz de direito do Joaseiro recebeu, então, ordem de se transportar para a villa de Queimadas, que fica mais perto de Canudos, e onde deveria elle auxiliar a mobilização da força expedicionária.

No dia 25 de novembro, entretanto, passou esse magistrado um telegramma ao governador participando-lhe que o Conse­lheiro dispunha de numero superior a mil homens, armados, mu­niciados e bem entrincheirados.

Na mesma data, a expedição se pôz a caminho, e a 26 entrou ella em Queimadas, de onde aquelle juiz telegraphou declarando nada ter faltado ao major, que estava satisfeito.

A seu turno, o major Febronio expediu despachos telegraphicos, tanto ao governador como ao chefe de policia da Bahia. Ao primeiro dizia parecer-lhe — a elle — poder atacar Canudos com ventagem bastando para isto de 400 a 500 e poucos homens; ao segundo assegurava — que os commissarios de Serrinha e de Queimadas tinham se mostrado incansaveis, assim como o juiz de direito de Joaseiro, que com elle achava-se desde a vespera.

Vencidas que foram pequenas difficuldades, a columna marchou com destino a Monte Sancto, onde pretendia descansar alguns dias, antes de emprehender o ataque contra Canudos. Mas, em chegando ao sitio denominado Cansanção, distante 25 kilometros— mais ou menos — daquella villa, recebeu ordem do general Frederico Solon de S. Ribeiro, commandante do re­spectivo districto, para regressar a Queimadas.

Assim resolvendo, o general manifestava juntamente a idéa de organizar uma segunda columna, que deveria ter à frente um capitão, sendo que ambas ficariam desde logo sob o commando geral de um coronel.

O governador do Estado, tendo sciencia desse plano, man­dou ponderar ao commandante do districto — que era desneces­sária a segunda columna projectada, bastando que fosse enviado o coronel Pedro Tamarindo com 100 praças estacionar em ponto intermediário, de onde podesse acudir a qualquer requisição urgente, informando ao mesmo tempo ao Governo das ocurrencias, e solicitando as medidas que fossem convenientes.