Página:A campanha de Canudos.pdf/93

Wikisource, a biblioteca livre
a campanha de canudos
89

o commereio cerrando suas portas, os theatros deixando de funccionar na noite de 7 de março, como no dia seguinte aconteceu com as repartiçoẽs publicas da Bahia:— eis ahi outras tantas formas por que a Capitai Federal demonstrou seus sentimentos pelo fracasso da 3ª expedição, e suas saudades pelas victimas ahi sacrificadas. O mais competia ao Governo, ao qual ninguem faria a ínjustiça de suppor indifferente á inesperada catastrophe.

Por isto, quando milhares de pessoas dirigiram-se ao palacio do Cattete para requerer ao Presidente a decretação do estado de sitio, o sr. dr. Prudente de Moraes respondeu-lhes — que esta medida não era ainda necessaria, pois elle sentia-se forte e prestigiado pela opinião do paiz, o que bastava para defesa da republica.

E’ tempo de registrar umas datas, referentes aos dois coro­neis, que os jagunços immolaram.

Nascera o coronel Antonio Moreira Cesar no Estado de São Paulo, a 7 de julho de 1850. Praça a 29 de dezembro de 1869, foi nomeado alferes-alumno em 26 de dezembro de 1874, alferes a 31 de janeiro e tenente — por estudos — a 29 de julho de 1877. Tambem por estudos, fôra promovido a capitão em 14 de maio de 1881. Major — por merecimento— a 7 de janeiro de 1890, a 17 de março do mesmo anno recebia elle a patente de tenente-coronel, ainda por merecimento. Coronel graduado a 3 de março e coronel effectivo, tambem por merecimento, a 18 do mesmo mez de 1892, tinha, além disto, o curso do estado-maior de 1ª classe.

O coronel Pedro Nunes Baptista Ferreira Tamarindo nas­cera, no Estado da Bahia, em 1837; tendo jurado bandeira em 22 de setembro de 1855, fôra nomeado alferes em 2 de dezembro de 1860. Tenente em 18 de janeiro de 1868, capitão em 15 de outubro de 1870, major, por merecimento, em 23 de janeiro de 1889, tenente-coronel effectivo em 21 de março de 1891, em 7 de abril de 1892 obtivera, ainda por merecimento, a patente de coronel.

Um episodio, pela imprensa opportunamente narrado, che­gou a impôr-se com uns tons accentuados de lenda. Os jornaes publicaram — que o cabo Arnaldo Roque, ordenança e amigo