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a campanha de canudos

inteira, que aliás devia se reputar garantida com a disciplina e patriotismo do exercito brazileiro.

A imprensa archivou muitas provas da incorrecção, com que grande parte da força expedicionária procedeu, emquanto se demorou na capital da Bahia. Conílictos com os soldados de policia, assaltos a bonds, invasão de casas particulares, aggressões a pessoas inermes, violências contra hoteleiros e vendilhões, desacato a senhoras indefesas, eis ahi — numa synthese muito rapida — os fructos da prevenção infundada, com que desem­barcou em uma terra digna de acatamento e de amor a quarta expedição contra Canudos.

Verberando tantos excessos, em desafogo de uma magua incoercivel, um jornal[1] escreveu então estas linhas expressivas :

«  Menos correcto tem sido o procedimento de diversas praças dos batalhões recentemente chegados a esta capital, com destino a Canudos.

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Na melindrosa emergencia em que nos achamos, quizeramos só ter palavras de merecido elogio para enaltecer o comprovado valor do soldado brazileiro; acima, porém, dos nossos desejos está a compenetração do dever, que nos manda dirigir daqui solemne appello, em nome da propria disciplina do exercito e da pacifica população desta capital.

No solo sagrado da patria somos irmãos pelos vínculos da nacionalidade, o pelo gozo das garantias, que desfructamos á sombra protectora da Constituição republicana; e nenhum motivo ha para que hostilidades venham sobresaltar o espirito publico, tornando suspeita á confiança popular a correcção desse exercito armado para defesa da patria.

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A farda jámais excluiu a bondade e a justiça, a polidez e a obediencia ás leis, a elevação de sentimentos e a dignidade de caracter...

  1. A Bahia, n. 353, de março de 1897.