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A cidade e as serras

de camisa para subir á serra! Em casa tomamos um banho, antes de jantar... Já deve estar installada a banheira.

Ambos nos consolamos com copinhos d’uma divina aguardente Chinchon. Depois, estendidos nos sophás, saboreando os dois charutos que nos restavam, com as vidraças abertas ao ar adoravel, conversamos de Tormes. Na estação certamente estaria o Silverio, com os cavallos...

— Que tempo leva a subir?

Uma hora. Depois de lavados sobrava tempo para um demorado passeio pelas terras com o caseiro, o excellente Melchior, para que o Senhor de Tormes, solemnemente, tomasse posse do seu Senhorio. E á noite o primeiro brodio da serra, com os piteus vernaculos do velho Portugal!

Jacintho sorria, seduzido:

— Vamos a ver que cozinheiro me arranjou esse Silverio. Eu recommendei que fosse um soberbo cozinheiro portuguez, classico. Mas que soubesse trufar um perú, afogar um bife em molho de moella, estas cousas simples da cozinha de França!... O peor é não te demorares, seguires logo para Guiães...

— Ah, menino, annos da tia Vicencia no sabbado... Dia sagrado! Mas volto. Em duas semanas estou em Tormes, para fazermos uma