e por traz a serra coberta de velho e denso arvoredo... Logo na plataforma avistei com gosto a immensa barriga, as bochechas menineiras do chefe da Estação, o louro Pimenta, meu condiscipulo em Rhetorica, no Lyceu de Braga. Os cavallos decerto esperavam, á sombra, sob as figueiras.
Mal o trem parou ambos saltamos alegremente. A bojuda massa do Pimenta rebolou para mim com amizade:
— Viva o amigo Zé Fernandes!
— Oh bello Pimentão!...
Apresentei o senhor de Tormes. E immediatamente:
— Ouve lá, Pimentinha... Não está ahi o Silverio?
— Não... O Silverio ha quasi dois mezes que partiu para Castello de Vide, vêr a mãe que apanhou uma cornada d’um boi!
Atirei a Jacintho um olhar inquieto:
— Ora essa! E o Melchior, o caseiro?... Pois não estão ahi os cavallos para subirmos á quinta?
O digno chefe ergueu com surpreza as sobrancelhas côr de milho:
— Não!... Nem Melchior, nem cavallos... O Melchior... Ha que tempos eu não vejo o Melchior!
O carregador badalou lentamente a sineta