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A cidade e as serras

as cortinas, e á beira do leito, com o seu radiante sorriso de preto:

— Vem no Figaro!

Desdobrou triumphalmente o jornal. Eram, nos Echos, doze linhas, onde as nossas aguas rugiam e espadavam, com tanta magnificencia e tanta publicidade, que tambem sorrí, deleitado.

— E toda a manhã, o telephone, siô Fernandes! exclamava o Grillo, rebrilhando em ebano. A quererem saber, a quererem saber... «Está lá? Está escaldado?» Paris afflicto, siô Fernandes!

O telephone, com effeito, repicava, insaciavel. E quando desci para o almoço, a toalha desapparecia sob uma camada de telegrammas, que o meu Principe fendia com a faca, enrugado, rosnando contra a «massada». Só desannuviou, ao ler um d’esses papeis azues, que atirou para cima do meu prato, com o mesmo sorriso agradado com que de manhã sorriramos, o Grillo e eu:

— É do Gran-Duque Casimiro... Ratão amavel! Coitado!

Saboreei, através dos ovos, o telegramma de S. Alteza. «O que! o meu Jacintho inundado! Muito chic, nos Campos-Elyseos! Não volto ao 202 sem boia de salvação! Compassivo abraço! Casimiro...» Murmurei tambem