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Página:A escrava Isaura (1875).djvu/241

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— Você verá.

— Foi vendida?..

— Qual vendida!

— Alhegada?

— Nem isso.

— Está forra?..

— Que abelhuda!.. Espera, Rosa; tem paciencia um pouco, que hoje mesmo talvez você venha a saber tudo.

— Ora ponha-se com mysterios... então o que você sabe, os outros não podem saber?..

— Não é mysterio, Rosa; é desconfiança minha. Aqui em casa não tarda a haver novidade grossa; vae escutando.

— Ah! ah! — respondeo Rosa galhofando. — Você mesmo está com cara de novidade.

— Psio!.. bico calado, Rosa!.. ahi vem nhonhô.

Pelo dialogo acima o leitor bem vê, que nos achamos de novo na fazenda de Leoncio, no municipio de Campos, e na mesma sala, em que no começo desta historia encontrámos Isaura entoando sua canção favorita.

Cerca de dous mezes são decorridos depois que Leoncio fôra ao Recife apprehender sua escrava. Leoncio e Malvina tinhão-se reconciliado, e vindos da côrte tinham chegado á fazenda na vespera. Alguns escravos, entre os quaes se acham Rosa e André, estão asseando o soalho, arranjando e