Página:A escrava Isaura (1875).djvu/263

Wikisource, a biblioteca livre

253

Neste momento vem entrando Belchior acompanhado por André.

— Eis-me aqui, senhora minha, — diz elle, — o que deseja deste seo menor creado?

— Dar-lhe os parabens, senhor Belchior, — respondeo Malvina.

— Parabens!.... mas eu não sei por que!...

— Pois eu lhe digo; fique sabendo que Isaura vae ser livre, e.... adivinhe o resto.

— E vae-se embora de certo... oh!.. é uma desgraça!

— Já vejo, que não é bom adivinhador. Isaura está resolvida a casar-se com o senhor.

— Que me diz, patrôa!... perdão, não posso acreditar. Vm.ce está zombando commigo.

— Digo-lhe a verdade; ahi está ella, que não me deixará mentir. Aprompte-se, senhor Belchior, e quanto antes, que ámanhã mesmo ha-de-se fazer o casamento aqui mesmo em casa.

— Oh! senhora minha! dibindade da terra! — exclamou Belchior indo-se atirar aos pés de Malvina e procurando beijal-os, — deixe-me beijar esses péis....

— Levante-se dahi, senhor Belchior; não é a mim, é a Isaura que deve agradecer.

Belchior levanta-se e corre a prostrar-se aos pés de Isaura.

— Oh! princeza de meo coração! — exclamou