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A ILUSTRE CASA DE RAMIRES

vinho branco, nenhum comparavel pela frescura, pelo aroma, pela seiva...

— E cá lhe vou atiçando com fervor, Barrôlo amigo! Esta bella garrafa de crystal vae de vencida!

Barrôlo exultava. O seu desgosto era que Gonçalo nunca honrasse «aquelle nectar.» — Não! Gonçalo não tolerava vinhos brancos...

— E então hoje estou com uma d’estas sêdes que só me satisfaz vinho verde, assim um pouco espumante, e com gelo... Que este de Vidainhos tambem é do Barrôlo. Oh, eu não desprezo os vinhos da familia... Este Vidainhos sinceramente o considero sublime.

Então Cavalleiro desejou provar esse sublime vinho verde da quinta de Vidainhos, em Amarante. O escudeiro, a um aceno enthusiasmado do Barrôlo, apresentou a Sua Ex. aum copo esguio, especial para aquelle vinho que espumava. Mas o Cavalleiro, acariciando o fresco copo sem o erguer, repisou a idéa de ferias, de viagens, como accentuando o seu cançasso e fastio d’Oliveira. — E sabia a Snr. aD. Graça para onde elle seguiria, depois da Italia, n’esse Inverno, se por caridade de Deus o Ministerio cahisse?... Para a Asia Menor.

— E era uma viagem para que eu, com certesa, tentava o nosso Gonçalo... Tão facil, agora, com os