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accidentes da guerra
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tanto sacrificio. Que general não evitaria, mesmo convencido de perder uma dezena de homens, esse processo sem applicação rasoavel no caso de um inimigo que desconhecia por completo os principios mais geraes da arte da guerra e quando se distanciavam muitos kilometros ainda da zona perigosa? E para que essa velha formula estrategica, quando nem se mandara reconhecer a estrada natural, que se encontrava aliás franca e desempedida? E ainda se justificavam as manobras preconisadas pelos mestres que, em seus calculos, não computavam os novos elementos da guerra? monologavam os officiaes que haviam saido da escola militar.

Mas no caso em questão, não se tratava de manobrar para evitar o adversario em movimento ou mesmo em posição.

O que de facto se realisava, era uma marcha accentuadamente estrategica, ou por erro de apreciação das condições do inimigo, ou para um exercido aliás inopportuno. E quando se tivesse por objectivo uma manobra inspirada na technica da guerra, não