E depóis de pequeno silencio o Alberto continuou:
— Sinto, querida Germana, que já não me amas como nos bons tempos...
— Não te amo, eu?...
— Sim. Não me falas com aquella linguagem apaixonada que me atordoava os sentidos e fazia palpitar-me o coração desordenadamente.
— Como és injusto, meu bom amigo! Nunca me saiste da imaginação um só instante, apezar de haver perdido a esperança de encontrar-te ainda. Desde que nos separámos, esqueci-me de todas as pequenas alegrias da nossa terra e a unica coisa que me destraia um bocado, era a leitura dos livros que eu conseguia do vigario ou de outras pessoas que os tinham. Por tua causa comecei a soffrer ainda menina, mas nunca me queixei de ti nem de ninguem. Minha vida agora é tua, pertence-te, faze de mim tua escrava, mas peço-te que não duvides do meu amor.
— Não, nunca mais te falarei nisso...