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Antes de findar a semana largou a escuna Maria dos Prazeres do porto do Salvador, com o dia sereno e mar de bonança, por uma formosa manhã de abril.

Tempo mais de feição para a partida não o podiam desejar os marujos; e todavia despediam-se eles tristes e soturnos da linda cidade do Salvador, e de suas formosas colinas.

Ao suspender do ferro partira-se a amarra, deixando a âncora no fundo, o que era mau agouro para a viagem. Mas Antônio de Caminha riu-se do terror de sua gente, e meteu o caso à bulha.

— Isto quer dizer que havemos de tornar breve a esta boa terra, pois cá nos fica a âncora do navio, e a de nós outros.

Singrava a escuna dias depois com todo o pano, cutelos