missa das onze e esperava na sachristia a passagem das senhoras que se habituavam a encontra-lo alli para tratarem dos negocios espirituaes em que as entretinha. Era elle que as confessava e lhes insuflára o gosto pela devoção do mez de Maria, tão habilmente escolhida para esse dulcido mez de maio em que as rosas desabrocham perfumando a atmosphera, e os corações moços deliquiescem em ansias de consoladora ternura... Era quem lhes fazia as novenas e lhes levava as filhas á primeira communhão, em procissional theoria; era o indispensavel em tudo.
E gabava-se para o Telles:
— «Você verá quem vem para a festa do Sagrado Coração! É uma bomba que ha de estoirar ahi.
— «Quem é então?
— «Se lho disser fica sabendo mais do que eu...
— «Ora diga lá, ande, bem sabe que sou de confiança. É alguem que eu conheça?
— «É alguem que nos dá a certeza de nunca mais cá metterem o bico no concelho...
— «Ah!... É o André de Athayde?...
— «Adivinhou ou alguem lho disse. Apre! Tem custado, mas agora é que é definitivamente nossa a victoria.
— «O recenseamento já não estava mau...
— «Mas o grande caso ainda não é esse...
— «Então qual é?
— «Não digo; confio em você mas o seguro morreu de velho...
— «Olhe que isso até me offende! Sendo eu de confiança do Emygdio, que até me fará seu secretario