Da agitação esteril em que as tôrças
Consumiram da vida, raro apenas
Um echo chega aos seculos remotos,
E o mesmo tempo o apaga.
Vivos transmitte a popular memoria
O genio creador e a sã virtude,
Os que o patrio torrão honrar souberam,
E honrar a especie humana.
Vivo irás tu, egregio e nobre Andrada!
Tu, cujo nome, entre os que á patria deram
O baptismo da amada independencia,
Perpetuamente fulge.
O engenho, as fôrças, o saber, a vida,
Tudo votaste á liberdade nossa,
Que a teus olhos nasceu, e que teus olhos
Inconcussa deixaram.
Nunca interesse vil manchou teu nome,
Nem abjectas paixões; teu peito illustre
Na viva chamma ardeu que os homens leva
Ao sacrifício honrado.