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Toda enlevo e paixão, sincera e ardente
N′esse primeiro amor d′alma que nasce
E os olhos abre ao sol. Tu lhe dormias,
Consciencia; razão, tu lhe fechavas
A vista interior; e ella seguia
Ao sabor dessas horas mal furtadas
Ao captiveiro e á solidão, sem vel-o
O fundo abysmo tenebroso e largo
Que a separa do eleito de seus sonhos,
Nem presentir a brevidade e a morte!



E com que olhos de pena e de saudade
Viu ir-se um dia pela estrada fora
Octavio! Aos livros torna o moço alumno,
Não cabisbaixo e triste, mas sereno
E lépido. Com ella a alma não fica
De seu joven senhor. Lagryma pura,
Muito embora de escrava, pela face
Lentamente lhe rola, e lentamente
Toda se esvae num palíido sorriso
De mãe.