Página:As Minas de Prata (Volume II).djvu/165

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e para o fim que é de pouco servem. Cumpre recorrer a meios mais rápidos e...

— Se V. Reverência permite?... atalhou um frade gordo que ainda não tinha proferido palavra.

— Pode falar o P. Manuel Soares. Estamos aqui para ouvir, disse o assistente.

— Talvez pareça ousadia querer eu decidir ponto em que nossos irmãos se acharam embaraçados; mas cada um deve ocupar-se do que lhe é ordenado; e aquele não merece mais, que só cumpre o seu dever.

— Então, V. Paternidade julga ter descoberto o meio de dar à Companhia a soma de que ela precisa?

— Julgo que poderei dar à Companhia, não três milhões, porém cinquenta, respondeu o P. Soares.

— Como? perguntou o assistente com vivacidade.

— V. Reverência conhece a história das minas de prata de Robério Dias?

— Ah!...

Esta exclamação indefinível e o riso de ironia que esclareceu o rosto pálido e severo do assistente, não produziram a menor impressão no