Página:As Minas de Prata (Volume III).djvu/62

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— Quero, sim, pai do meu coração!

— Não te parece que é cedo ainda?

— Cedo!... Nunca é cedo para casar, pai; tarde, sim, costuma ser muitas vezes.

— Pois havemos de procurar um bom marido, um rapaz honrado e trabalhador...

— Não é preciso, acudiu Dulce. Eu tenho já.

— Um marido?

— Sim! um maridinho, e mui gentil! Quer ver, pai?

Antes de receber a resposta saiu aos pulinhos. A mãe voltara-se precipitadamente para a criada:

— Ouves servente?

— Ouço bem.

— Está espritada, Senhor Deus!

Dulce voltou trazendo Vilarzito pela mão.

— Venha, venha, D. Vilarzito! Aqui está o pai.

O rapaz cortejou.

— Então, disse o granjeiro, você pretende a niña em casamento?

— Não, Senhor!

— Como!... balbuciou Dulcita sentindo desfalecer-lhe o coração.

— Não pretendo coisa alguma, continuou o rapaz imperturbável.