Página:As Minas de Prata (Volume IV).djvu/181

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debaixo da oparlanda o longo punhal, e dando volta foi aparecer na porta da sala.

— Pai, disse Raquel vendo-o entrar, repeti-lhe o que prometeste.

O velho erguendo ao céu os olhos extáticos e dando à sua fisionomia veneranda um ar inspirado, proferiu lentamente:

— Pela palavra do profeta juro que se fizerdes o que vos peço, vos entregarei Raquel, como entregou Labão sua filha a Jacó.

— No mesmo instante?...

— No instante mesmo em que me trouxerdes a palavra do santo e a cópia do papel.

O cavalheiro soltou uma gargalhada.

— Aceito, e concluído! Apertai!...

Os dois trocaram um aperto de mão, sinal de ratificação do pacto.

— Então, cavalheiro, disse Raquel, até domingo a esta mesma hora e neste mesmo lugar!

— Aqui estarei a vossos pés, tirana desta alma.

Beijando com galanteria a mão da judia, o alferes acompanhou o judeu até a loja no pavimento térreo. O digno Samuel desejava entrar em maiores explicações