azedume; é preciso que eu fique guardando o lugar até que chegue a vez do mais ditoso!...
— E pesa-vos concorrer para a felicidade de dois entes dignos dela?... Estou que não; deveis essa reparação à memória de vossa boa mãe!...
— Qual é o outro pedido vosso?...
— Esse quase o dispensava, pois creio que o objeto dele já está em vosso pensamento. Heis de proteger a pobre criatura enjeitada...
— Sabeis onde ela existe e qual seja? perguntou o fidalgo estremecendo.
— Nada sei de positivo; mas o Senhor D. João de Ataíde tinha suspeitas, que não chegou a tirar a limpo. Conheceis uma rapariga que vive de ser alfeloeira?...
— Mora para as bandas de São Francisco?
— Justo! gente da rua a chama a Enjeitada da Parteira!...
— A Joaninha?...
— Se as conjeturas de D. João de Ataíde não erraram, deve de ser ela.
O moço escondeu o rosto nas mãos, para ocultar à luz do dia o rubor da vergonha e humilhação.
E agora sabe-se a razão por que no dia seguinte jogava D. Fernando na taberna do Brás um jogo do inferno.
Vaz Caminha deixou-o afinal e foi-se em direção da