Página:As Minas de Prata (Volume IV).djvu/235

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— Pois se Sua Mercê foi causa de o meterem lá dentro!... Fui dizer a quem o quis livrar da guarda lá na Graça, e o há de livrar da prisão.

— Quem é esse?...

— O maior amigo dele, o Sr. Cristóvão, que foi quem mandou o Capitão de Mato João Fogaça, homem cá do meu peito, esse tal!... Capaz de ir no inferno buscar o Tinhoso pelas orelhas!...

— Pois agora trabalharemos todos juntos esse impossível a ver se o conseguimos.

— Agora mesmo quando topei com o sr. licenciado ia eu para lá, porque o Sr. Cristóvão me disse que estivesse de espreita e logo que aparecesse alguma coisa de novo lhe fosse levar. Ora inda agorinha mesmo vi eu lá na fresta uma tira de pano branco assim pestanejando como bandeirola!... Quem sabe o que é?...

— É ele que te chama sem dúvida para dizer alguma coisa. Vai sem detença ver.

Acabava Esteves de esvaziar a canoa e pô-la a nado; Gil saltou dentro, e a remo teso vogaram pela baía afora em direção ao castelo. Aproximando-se do rochedo submarinho, fronteiro à seteira designada pelo pajem, parou o barquinho, e os dois, um na popa, outro na proa, começaram