— Fazê-lo a um é abrir a porta a todos: e tanto não podemos nós em uma coisa concertada pelo voto geral.
— Basta, senhores. Outra vez em que a sorte me esteja de feição, forrar-me-ei das moedas e do mais!
— Penso que não vos dais por ofendido, alferes!...
— Dar-me-ei, se assim vos apraz, capitão! replicou D. José repuxando o bigode.
O interlocutor, que era Afonso da França, capitão entertenido por El-Rei, ergueu-se pronto, mas os outros meteram o caso à bulha e tanto fizeram que instantes depois riam todos a goelas despregadas, com as facécias de Manuel de Melo. Afinal este foi à parede e bateu nela com a palma da mão; era oco o muro nesse lugar porque o som repercutiu profundamente. Logo apareceu na água-furtada a cabeça arrepelada da tia Eufrásia:
— Que mandam vossas mercês em seu serviço?
— Do melhor da Madeira!...
— A uma por cabeça?
— A duas, megera! Onde já vistes um bom português da Bahia bater-se com um só inimigo!...
Com pouco desceu por uma corda uma cesta