Página:As Minas de Prata (Volume IV).djvu/298

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O filho da Eufrásia pôs-se a caminho para a cidade ladeado pelos dois falsos mosqueteiros e seguido pelo remeiro; quando galgavam a Ladeira dos Padres, pareceu-lhes ouvir o som de passos atrás, e voltando-se para conhecer se eram seguidos, lobrigaram na sombra um vulto que desapareceu rapidamente, deixando-os em dúvida sobre sua natureza. Na posição em que se achavam tudo era para temer; e apesar de bem armados prosseguiram suspeitosos, investigando a cada instante com olhares inquietos as trevas que os envolviam.

Mais adiante tiveram ainda novo motivo de susto. Uma sombra passara ligeiramente pelo lado oposto da rua e tão rente da parede que só a perceberam quando ia já adiante; os movimentos eram de gato, mas o tamanho do corpo fazia acreditar antes que fosse algum cão. Um dos escapos ainda bateu com o pé na calçada soltando uma exclamação para afugentar o animal, que desapareceu subitamente.

Chegados perto à taverna do Brás, o Anselmo deixou à esquina os dois flamengos e o remeiro; e só, adiantou-se para a espelunca. Arranhou com a unha a folha da janela que logo a abriram, aparecendo a cabeça de fuinha do mestre Brás: